Artilheiro do Atlético-MG, Hulk supera números de craque do último Brasileiro

A festa de apresentação da taça de campeão brasileiro ao torcedor do Atlético-MG não teria sido completa se Hulk, artilheiro da equipe na temporada e goleador do Nacional, não tivesse marcado o seu gol em dia tão especial para os atleticanos.

O atacante, que começou o duelo contra o Red Bull Bragantino no banco, entrou em campo na etapa final e deixou sua marca aos 43 minutos, com um toque sutil por cima do goleiro Cleiton, para anotar o quarto da equipe mineira.

A vitória do time de Cuca por 4 a 3 coroou a celebração dos mais de 60 mil que compareceram ao Mineirão para festejar o título, garantido na rodada anterior, diante do Bahia, em Salvador.

Para Hulk, além da possibilidade de festejar a conquista com os torcedores do Atlético-MG, o gol diante dos paulistas fez que com ele superasse a marca dos artilheiros da edição passada do Brasileiro.

Na temporada 2020 do Nacional, Claudinho, do Red Bull Bragantino, e Luciano, do São Paulo, terminaram empatados na artilharia, com 18 gols. Hulk já tem 19, além de somar também mais participações em lances de bola na rede.

Com sete assistências no campeonato, o atacante atleticano registra participação direta em 26 gols do time nas 35 partidas que disputou -média de 0,74 por jogo.

Claudinho, que também alcançou números expressivos com o Bragantino no Brasileiro anterior, participou de 25 gols em 35 jogos (18 marcados por ele próprio e sete assistências) -média de 0,71 por partida.

Luciano, que teve o mesmo número de bolas na rede que Claudinho, distribuiu três assistências, contabilizando uma participação direta em 21 gols nos 33 confrontos em que atuou pelo São Paulo no torneio -média de 0,63 por duelo.

É improvável que Hulk atue na última rodada do Campeonato Brasileiro, na quinta (9), contra o Grêmio. Isso porque a equipe de Cuca tem o primeiro jogo da final da Copa do Brasil no domingo (12), diante do Athletico, em Belo Horizonte.

De qualquer forma, mesmo que o atacante participe do duelo com os gaúchos na rodada final e não marque gols ou dê assistências, ainda assim terminará a competição com uma média de participação direta melhor que a de Claudinho, com 0,72 lance decisivo por jogo.

“Tudo é da confiança do jogador. Quando a gente está confiante, tudo se torna mais fácil. Por isso a gente tem que trabalhar diariamente. Eu trabalho muito as finalizações com os nossos goleiros, que ajudam para caramba a gente, para chegar aos jogos, ter essa frieza e tomar as melhores decisões”, disse Hulk, após o triunfo sobre o Red Bull Bragantino.

No domingo (5), na celebração do título, a taça foi entregue aos jogadores pelo ídolo atleticano Dario, o Dadá Maravilha, artilheiro do Brasileiro de 1971, o primeiro conquistado pelo Atlético-MG.

Além de Dadá, Reinaldo, também goleador e ídolo do clube, marcou presença no Mineirão.

Campeão nacional e principal destaque do time na campanha, Hulk passa a figurar entre esses personagens na lista dos grandes atacantes da história atleticana, protagonista de um troféu que o torcedor aguardava havia 50 anos.

“A gente tem que respeitar os caras, né? Merecem muito respeito pela história que fizeram em um grande clube, que é o Atlético-MG. E a gente também fica contagiado por também escrever um pouco da nossa história nesse livro”, afirmou o atacante, que poderá encerrar a temporada com mais um título.

“Eu estou muito feliz. Foi muito gratificante para mim este ano de 2021, voltar para o Brasil depois de mais de 16 anos. E poder terminar o ano assim, ganhando o Brasileiro. Temos a Copa do Brasil ainda”, completou o atacante, que também é o artilheiro do torneio de mata-mata, com seis gols.