Mortes por falta de oxigênio em hospitais no AM serão investigadas pelo Ministério Público

No último boletim, o estado já contabilizava 6.123 mortes pela Covid-19 e 229.367 infectados pelo coronavírus. A investigação apura possíveis evidências de atuação criminosa organizada.

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Amazonas abriu uma investigação para investigar a atuação de pessoas físicas, jurídicas, servidores e entidades durante a crise da saúde no estado. Será avaliada a atuação principalmente durante o caos nos hospitais do estado por falta de oxigênio. A informação foi divulgada pelo órgão ainda no sábado (16).

O Amazonas registrou, até o último boletim, 50 mortes por Covid-19 e 2.856 novos casos confirmados. Com outros 30 óbitos confirmados após investigação, o total de vidas perdidas chegou a 6.123. O número de infectados desde o começo da pandemia é de 229.367.

O estado enfrenta colapso no sistema de saúde por falta de oxigênio em hospitais de Manaus, que estão lotados por conta do aumento recorde de internações por Covid. Com o caos na Saúde, pacientes começaram a ser levados a outros estados.

“Diante do caráter emergencial dos fatos, a decisão de abrir o procedimento tem o objetivo de imediatamente coletar possíveis evidências de atuação criminosa organizada, a demandar pronta resposta como forma de também combater a situação vivenciada pela sociedade amazonense, em colaboração com demais promotorias envolvidas na promoção do direito à saúde, à vida e à dignidade da pessoa humana, sob a perspectiva de fazer cessar qualquer atuação criminosa que esteja colaborando com o atual cenário”, destaca a nota do MP.