Uma noite mal dormida pode se transformar em um dia estressante e trazer problemas de saúde

Organizado pela Sociedade Mundial do Sono, o dia Mundial do Sono – que em 2020 acontece no próximo dia 13 de março (sexta-feira), tem o objetivo de divulgar a importância de um sono saudável. O alerta vem bem a calhar: segundo a Associação Brasileira do Sono (ABS), 73 milhões de brasileiros, ou 35%, tem problemas para dormir. As doenças mais comuns entre a população são: os distúrbios da Insônia, que é a dificuldade em iniciar e manter o sono, que pode surgir como consequência de outras doenças ou alterações hormonais. Outras bem comuns são o Ronco e a Apnéia Obstrutiva do Sono, esta última, extremamente perigosa, pois provoca uma interrupção na respiração durante o descanso, que pode levar a parada cardíaca.

E tem mais: estudos comprovam que pouco sono ou de má qualidade está associado à pressão alta, diabetes, obesidade, depressão, doenças cardiovasculares e aumento da mortalidade, além de sintomas como irritabilidade, sonolência diurna, diminuição na concentração e memória, impotência sexual e cefaleia matinal. Segundo Dr. Cleydson Oliveira, cirurgião de cabeça e pescoço e otorrinolaringologista, que atende no Hospital Agamenon Magalhães e no Instituto Rezende Oliveira (IRO), ambos no Recife, o sono equilibrado é essencial para manter a saúde e a qualidade de vida: “Muitas vezes o paciente não dorme bem por conta de problemas respiratórios, que podem ser causados por uma série de fatores. Por isso é preciso avaliar caso a caso para chegarmos a um diagnóstico preciso  e começar um tratamento adequado.” – esclarece. 

O Dr. Cleydson ainda acrescenta: “Em alguns casos, ocorre obstrução da via aérea, impedindo o repouso apropriado. Alguns comportamentos podem agravar o aparecimento desses episódios, como o consumo de bebida alcoólica ou a base de cafeína à noite, o uso do tabaco, a prática de exercícios físicos próximo ao horário de dormir e dormir na posição decúbito dorsal. Além disso, a obesidade, um fator que agrava os episódios.”. Existem ainda as alterações anatômicas do corpo que podem comprometer a respiração, como as alterações do nariz, da faringe e do esqueleto ósseo facial: “É importante avaliarmos adequadamente o paciente, identificando os locais de obstrução e propor as opções de tratamento indicado, seja clínico ou cirúrgico.” – enfatiza o especialista.

O otorrino avisa: “A indicação para quem dorme mal é procurar um médico especialista em medicina do sono, principalmente na presença de roncos ou paralisação da respiração durante o sono. Os tratamentos, quando são  feitos de maneira correta, podem ser simples. Mas existem ainda recomendações que podem ajudar em casos não clínicos: revise seus hábitos ao deitar: invista em travesseiros e colchões adequados para manter a disciplina postural, tome um banho morno antes de deitar para relaxar, evite o uso de aparelhos eletrônicos 30 minutos antes de dormir, mantenha o ambiente arejado, silencioso e o mais escuro possível e faça refeições leves antes de ir para a cama. Se nada disso melhorar seu sono, aí sim, procure um médico!” – finaliza.