Vinicius Jr. chefiará novo comitê antirracismo da Fifa

Comissão, segundo agência de notícias Reuters, vai ouvir sugestões de jogadores para erradicar racismo e comportamentos discriminatórios no futebol. Anúncio foi feito por presidente da Fifa à Reuters após reunião com brasileiro.

O brasileiro Vinicius Jr. vai liderar uma nova comissão da Fifa dedicada a combater o racismo no futebol, disse nesta quinta-feira (15) o presidente da entidade, Gianni Infantino, à agência de notícias Reuters.

O comitê, afirmou Infantino, servirá para que jogadores sugiram punições mais severas para comportamentos discriminatórios no futebol.

“Pedi a Vinícius que liderasse esse grupo de jogadores que apresentará punições mais rigorosas contra o racismo, que mais tarde serão implementadas por todas as autoridades do futebol em todo o mundo”, disse o presidente da Fifa à Reuters.

“Não haverá mais futebol com racismo. Os jogos deverão ser interrompidos imediatamente quando asalgo assim ocorra. Basta”, completou.

Infantino disse ainda que se reuniu com Vinicius Jr. e a seleção brasileira para debater a criação da comissão.

Até a última atualização desta notícia, Vini Jr. não havia se declarado sobre o novo comitê.

Infantino ainda não informou quando a comissão será criada, mas este é o primeiro passo concreto da Fifa após a grande repercussão dos casos de racismo contra Vinicius Jr. durante partidas na Espanha, onde o brasileiro joga pelo Real Madrid.

O principal dele ocorreu em 21 de maio no estádio Mestalla, no sudeste da Espanha, durante um jogo do time local, o Valencia, contra o Real Madrid. Xingado de “macaco” por torcedores, Vinicius Jr. reclamou imediatamente com o juiz, que interrompeu o jogo.

Uma confusão se formou, e um jogador do Valencia deu uma chave de braço em Vinicius Jr., que, ao se desvencilhar, atingiu outro adversário no rosto e foi expulso.

O brasileiro se queixou ao final da partida, cobrando a liga espanhola por diversos casos de racismo que ele sofreu nos últimos meses, mas foi duramente criticado pelo presidente da LaLiga – a entidade responsável por organizar o principal campeonato espanhol -, Javier Tebas.

Diante da repercussão mundial do caso, que abriu um grande debate sobre o racismo no futebol, Tebas recuou e pediu desculpas.