Bolsa recua 3% com ações de Lula; Petrobras desaba mais de 6%

Índice acionário brasileiro repercute declaração contra o teto de gastos e manutenção do corte de impostos sobre os combustíveis

A Bolsa paulista opera em forte queda na primeira sessão do ano, com agentes financeiros repercutindo declarações e decisões do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tomou posse na véspera. Às 15h36 desta segunda-feira (2), o Ibovespa, principal índice do mercado acionário brasileiro, caía 3,22%, aos 106.197,06 pontos. 

A sessão também deve mostrar liquidez reduzida, dada a ausência de pregões em Wall Street nesta segunda-feira (2), com as bolsas em Nova York fechadas por feriado estendido do Ano-Novo. O mercado acionário em Londres também está fechado. 

De acordo com a equipe da XP Investimentos, Lula reforçou as diretrizes econômicas anunciadas durante a campanha, como a remoção do teto constitucional de gastos, o aumento do investimento público e o papel fundamental das empresas públicas no fomento do desenvolvimento econômico.

Entre os destaques negativos do índice, aparecem as duas ações da Petrobras. Enquanto os papéis preferenciais (PETR4) da empresa caem 6%, a R$ 23,03, as ações ordinárias (PETR3) da estatal despencam 6,67%, negociadas por R$ 26,17.

O movimento reflete a determinação de Lula para que seus ministros tomem providências para revogar atos que davam andamento à privatização de uma série de estatais, entre elas a Petrobras. O presidente também confirmou rumores no mercado e anunciou a indicação do senador Jean Paul Prates (PT-RN) para comandar a companhia.