Os mistérios que cercam os maiores buracos negros do universo

Eles são bilhões de vezes maiores que o nosso Sol, mas pouco se sabe ainda sobre como se formam e aumentam de tamanho.

No meio do caminho entre as constelações de Delphinus, o golfinho, e Pegasus, o cavalo alado, um catavento imaculado se move pelo espaço.

Por bilhões de anos, os “braços” em espiral da galáxia UCG 11700 giraram pacificamente sem serem perturbados por colisões e fusões que deformaram outras galáxias.

No entanto, enquanto a UCG 11700 gira harmoniosamente no espaço, algo monstruoso se esconde em seu centro.

No coração dessa bela roda cósmica está um dos objetos mais misteriosos do universo: um buraco negro supermassivo.

Embora a massa dos buracos negros padrão seja cerca de quatro vezes a do nosso Sol, seus parentes gigantescos são milhões e, às vezes, bilhões de vezes mais massivos.

Os cientistas acreditam que quase todas as grandes galáxias têm um buraco negro supermassivo em seu coração, embora ninguém saiba como eles chegaram lá.

É neste sentido que a galáxia UCG 11700 pode ser útil.

“As galáxias ideais para o meu estudo são as espirais mais bonitas e perfeitas que você pode imaginar”, diz Becky Smethurst, pesquisadora júnior da Universidade de Oxford, no Reino Unido, que estuda buracos negros supermassivos.

“As galáxias mais bonitas são aquelas que podem nos ajudar a desvendar o mistério de como estes buracos negros crescem”, acrescenta.