Interesse do governo pela CoronaVac aponta mudança radical de posicionamento sobre a vacina

Presidente Jair Bolsonaro menosprezou o imunizante em várias ocasiões.

interesse urgente do Ministério da Saúde pelos estoques da vacina CoronaVac foi uma mudança radical de posicionamento em relação a tudo o que o presidente Jair Bolsonaro disse sobre ela nos últimos três meses.

Em várias ocasiões, o presidente Bolsonaro menosprezou a vacina CoronaVac. Em 20 de outubro do ano passado, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, anunciou o protocolo de intenções de compra de 46 milhões de doses da CoronaVac, em uma reunião por videoconferência com governadores.

Decisão que não durou 24 horas. No dia seguinte, em conversa com apoiadores, o presidente Jair Bolsonaro desautorizou o ministro e mandou cancelar o protocolo de intenções de compra da CoronaVac.

Ainda usou uma rede social para chamar a CoronaVac de vacina chinesa de João Doria. E escreveu que o povo brasileiro não seria cobaia de ninguém. E que não iria adquirir a vacina.

No mesmo dia, durante uma agenda no interior de São Paulo, foi direto: “Já mandei cancelar. O presidente sou eu. Não abro mão da minha autoridade”.

No dia seguinte, em uma transmissão ao vivo ao lado do presidente, o ministro Pazuello deixou claro que havia entendido a posição do presidente: “Senhores, é simples assim: um manda e o outro obedece.”