Noruega tem déficit público pela primeira vez em 26 anos

Prejuízo é explicado pela queda na receita do petróleo, impostos, investimentos do fundo soberano norueguês e aumento de gastos públicos

A Noruega registrou um déficit nas finanças públicas no segundo trimestre pela primeira vez em um quarto de século devido à crise do coronavírus, informou o Escritório Nacional de Estatística (SSB) na quarta-feira (2).

O déficit, estimado em 83 mil milhões de coroas norueguesas (quase 8 mil milhões de euros), é explicado por uma queda na arrecadação de impostos e receitas do petróleo, bem como nos investimentos do fundo soberano norueguês, o maior do mundo, ao mesmo tempo, aumentam os gastos públicos para proteger a economia.

“As transferências de capital e os subsídios aumentaram notavelmente devido às medidas do Estado para neutralizar os efeitos negativos da pandemia. Isso inclui a redução do imposto sobre o trabalho e uma perda esperada de garantias e indenizações às empresas”, disse o Escritório Nacional em uma declaração.

Entre 2002 e 2019, a Noruega, principal exportador de gás e petróleo da Europa Ocidental, teve um superávit médio nas finanças públicas de 10,7% do produto interno bruto (PIB), enquanto no segundo trimestre houve uma queda de 10,3%.

O SSB alertou que os números ainda não são definitivos e podem ser revisados, embora se o déficit “provável” se confirme, será a primeira vez que ele será registrado desde 1994.