Administração da Ilha liberou a reabertura dos estabelecimentos a partir de sexta-feira (26). Locais devem funcionar com 50% do total de mesas e cadeiras.
Os bares, restaurantes e lanchonetes de Fernando de Noronha podem reabrir ao público, a partir de sexta-feira (26), informou a Administração da Ilha neste sábado (20). Os locais devem seguir procolos de prevenção ao novo coronavírus, como evitar aglomerações e funcionar com 50% do total de mesas e cadeiras existentes.
O retorno do setor de alimentação foi visto de forma positiva pelos comerciantes. “A autorização para reabertura é uma ação positiva e cada estabelecimento vai avaliar como executar. Muitos não têm profissionais na ilha para voltar a operar. A falta de turistas também é uma dificuldade”, falou a diretora da Associação de Bares e Restaurantes de Noronha (Abreno), Concita Veras.
Os establecimentos vão poder reabrir com 50% do total de mesas e cadeiras — Foto: Ana Clara Marinho/TV Globo
A Abreno estima que a ilha tem cerca de 80 estabelecimentos no ramo de alimentação. Noronha está fechada para o turismo desde março e o governo ainda não informou a previsão de reabertura. A ilha registrou 64 casos de moradores com Covid-19, todos com cura clínica.
Dentro do plano de flexibilização da ilha, o governo já liberou o uso das praias pelo moradores, reabertura do comércio de varejo, salões de beleza e igrejas. As práticas esportivas como corrida, canoagem e handebol também foram autorizadas.
Confira protocolo de reabertura dos bares, restaurantes e lanchonetes:
Distanciamento social
- Fica proibida a realização, nestes estabelecimentos, de eventos tipo shows, apresentações e similares, que possam gerar aglomeração de pessoas;
- É preciso facilitar a entrada e saída de clientes ampliando, se possível, o número de acessos. Se o estabelecimento tiver mais de uma porta, considerar instituir portas exclusivas para entrada e portas exclusivas para saída dos clientes;
- Manter distanciamento mínimo entre as mesas de 1,5 metro. Para locais com mesas fixas ou na impossibilidade de remoção, interditar as mesas de forma alternada, comunicando visualmente quais estão livres e interditadas;
- Manter distanciamento mínimo de 1,5 metro entre as pessoas, com demarcação no piso, nos locais de espera e filas de caixas;
- Avaliar a redução do número de trabalhadores envolvidos no processo de separação do produto, higienização e entrega a cada cliente;
- Avaliar a possibilidade de definição de turnos diferenciados ou zonas separadas de trabalho, para evitar aglomerações;
- Evitar reuniões presencias com trabalhadores. Se imprescindível, fazer em locais abertos e mantendo a distância de segurança;
- Evitar aglomerações nos intervalos. Estabelecer capacidade máxima em áreas comuns. Distribuir e coordenar intervalos entre diferentes setores;
- Revisar as rotinas de recebimento de mercadorias e limitar o contato pessoal onde as mercadorias são recebidas ou manipuladas;
- Reduzir e controlar rigorosamente o acesso de pessoas externas às áreas de produção e manipulação de alimentos, incluindo fornecedores;
- Trabalho que requer proximidade pessoal entre trabalhadores deve ser minimizado. Trabalho desta natureza deve ser planejado e gerenciado para estabelecer um sistema de trabalho seguro;
- É recomendado aos guichês de atendimento ao público nos pontos de coleta ter anteparos de vidro ou acrílico para proteção das pessoas ou a utilização de máscara full face (proteção facial de acrílico) como barreira de proteção;
- As mercadorias para coleta e entrega devem estar em local com controle exclusivo do estabelecimento, não devendo estar expostos para retirada direta pelo prestador de serviço ou cliente.
Higiene
- Todos os funcionários, deverão estar utilizando máscaras;
- Reforçar a limpeza e a desinfecção das superfícies mais tocadas (mesas, balcões, teclados, maçanetas, botões, etc.) e banheiros a cada duas horas;
- Deve ser disponibilizado a funcionários e clientes, em todos os pon- tos de entrada e de atendimento, álcool 70%;
- Reforçar boas práticas na cozinha e reservar espaço para a higienização dos alimentos de acordo com o Programa Alimento Seguro (PAS) ou outro protocolo similar;
- Organizar os cardápios de forma a serem plastificados ou impressos em material que possibilite a higienização após cada novo atendimento;
- Oferecer temperos como sal e pimenta, além de itens como palitos de dente e adoçantes em sachês individuais;
- Em caso de existência de bufê no restaurante, os alimentos devem ser cobertos por protetores salivares com fechamento frontal e lateral. Na modalidade self-service, os estabelecimentos devem disponibilizar luvas de plástico descartáveis no começo da fila, antes de pegar as bandejas e/ou pratos para que os clientes possam se servir. Ainda, devem os talheres ser disponibilizados em embalagens individuais;
- Limpar mesas, cadeiras, superfícies de comer (bandejas) após o uso de cada cliente.
Comunicação de monitoramento
- Utilizar intensivamente os meios de comunicação disponíveis para in- formar aos clientes sobre as medidas adotadas de higiene e precaução;
- Utilizar todos os meios de mídia interna, assim como as redes sociais, para divulgar as campanhas e informações sobre a prevenção do contágio e sobre as atitudes individuais necessárias neste momento de crise;
- O protocolo deve incluir o acompanhamento diário da sintomatologia dos trabalhadores;
- Caso um trabalhador fique doente no local de trabalho com sinto- mas típicos do Covid-19, deve ser removido para uma área afastada de outros funcionários e clientes, assim como da área de alimento, até sua saída do estabelecimento para atendimento médico;
- Definir orientações claras de uso e limpeza dos banheiros para garantir que eles sejam mantidos limpos e o distanciamento social seja alcançado o máximo possível.