FIA muda regulamento esportivo da F1 e garante mais poder a si mesma

Agora, sob “condições excepcionais”, Federação não precisa mais da unanimidade de votos dos times para realizar alterações nas regras das suas principais competições

A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) realizou uma importante alteração no regulamento esportivo da F1 nesta quinta-feira. A entidade adicionou uma cláusula de salvaguarda e garantiu mais poder a si mesma durante “circunstâncias excepcionais” . Na prática, a FIA não precisa mais da unanimidade dos times para realizar alterações nas regras, bastando ter agora apenas a maioria dos votos.

Em um comunicado emitido na manhã desta sexta, a entidade explica:

“Em virtude da crise jamais vista causada pelo Covid-19, a FIA continua a realizar mudanças em seus processos regulatórios para minimizar os impactos no futuro do esporte. Assim, em adição às mudanças anunciadas previamente nos regulamentos esportivos e técnicos, o Conselho Mundial de Esportes a Motor (WMSC) aprovou a introdução de uma cláusula de salvaguarda no Código Esportivo Internacional.

A cláusula de salvaguarda dispensa a atual necessidade de aprovação unânime de todos os competidores para mudanças nas regras de campeonatos da FIA, permitindo à entidade sob circunstâncias excepcionais realizar alterações nas regras com um período menor de aviso prévio e com a aprovação da maioria dos competidores”

A medida chega em um momento de debates intensos sobre o novo teto orçamentário, que ficaram ainda mais acalorados por causa da crise causada pelo surto de coronavírus. Enquanto a Ferrari segue irredutível sobre a impossibilidade de reduzir o valor de US$ 145 milhões (R$ 790 milhões) para 2021, alguns times pressionam para que o valor chegue em US$ 100 milhões (R$ 545 milhões), algo que o time de Maranello é totalmente contra.