O que pode e o que não pode ser consumido com segurança, nessa época de coronavírus segundo a vigilância sanitária e infectologistas
Quem está acostumado a um sushi sabe: nada melhor que aquele peixe fresquinho acompanhado de um monte de alimentos crus para um jantar saudável. Mas em tempos de coronavírus, bate a dúvida: é seguro comer?
Os restaurantes japoneses estão à toda com o delivery. Muitos outros estabelecimentos, acostumados a servir tartar de carne, por exemplo, seguem com as especialidades cruas em pronta entrega. Conversei com o infectologista Renato Kfouri. Segundo ele, a via digestiva não é descrita nos estudos como forma de transmissão dos vírus respiratórios, incluindo o SARS-CoV2. Não há – ainda – relatos de transmissão pela comida.
Mas há uma ressalva: “Em relação a sobrevivência do vírus em superfícies inanimadas como alimentos, frutas, verduras e embalagens, sim, isso é possível. Mas a higienização desses materiais ao receber em casa é suficiente”. Então, se você manipular um alimento contaminado e colocar a mão nos olhos, no nariz ou boca, você pode, sim, ser infectado.
Por higienização entende-se: água e sabão em alimentos “laváveis” como frutas e legumes. E o hipoclorito de sódio (nos mercados é conhecido como hidrosteril) para hortaliças (modo de uso: deixar as verduras de molho por 15 min, depois lavá-las como se faz normalmente).
Mas no caso do peixe ou da carne crua, não é possível lavar o alimento com sabão ou hipoclorito. Pedi esclarecimentos também a Anvisa.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária não dá orientações específicas para consumo sushis ou sashimis. Diz apenas que alimentos a serem consumidos crus devem ser devidamente higienizados e manipulados. O que segundo a agência quer dizer que o cozinheiro deve lavar bem as mãos, não pode tossir ou espirrar em cima do alimento ou nas mãos e depois manipulá-lo (eca!) e as superfícies de preparo estejam devidamente limpas com saneantes.
O que se sabe é que o vírus é sensível às temperaturas utilizadas para cozimento dos alimentos (a partir dos 70ºC) – então se for cozido, é obviamente mais seguro.
Mas e aí? Você vai deixar de comer uma salada de pronta-entrega, uma comida japonesa, um ceviche ou um tartar nesse confinamento? Tudo gira em torno de uma palavra: CONFIANÇA no restaurante que você pede comida. Você vai comprar um alimento de um lugar em que você não tem referência ou nunca colocou os pés dentro? Eu não compraria sem conhecer a cozinha e isso vale pra qualquer momento da vida: com ou sem quarentena.
“Não vejo necessidade de alteração de hábitos alimentares evitando alimentos crus neste momento”, completa o infectologista Renato Kfouri.
Então se você tem bons critérios, escolhe um restaurante de confiança e com uma higiene adequeada – não tem porque você deixar de fazer aquilo que está acostumado. E isso inclui comer um belo sushi.
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