Segundo dados da Associação Brasileira de Endometriose, cerca de seis milhões de brasileiras pela doença do sistema reprodutor feminino
Além de marcar as celebrações do Dia Internacional da Mulher – no dia 8 – o Mês de Março ainda foi designado para reforçar a conscientização sobre a Endometriose, uma inflamação aguda no sistema reprodutor feminino que causa fortes cólicas e menstruação irregular, entre outras complicações. Para isto, nasceu a Campanha Março Amarelo.
Para entender mais sobre esta condição, conversamos com a Dra. Eveline Oliveira, médica especialista em Radiologia, membro titular do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diretora da clínica Oliveira Med, Recife e SP, que explica como tudo começa: “O endométrio, que é o tecido que reveste o útero para receber o embrião é eliminado quando não acontece a fecundação e a mulher menstrua. Normalmente, essa eliminação acontece tranquilamente, mas pode ocorrer de pedaços deste tecido se instalarem fora do útero e migrarem para ovários, intestino, bexiga e vagina. Aí temos um quadro de Endometriose.” – informa a médica.
A doença afeta cerca de seis milhões de brasileiras em idade reprodutiva e pode causar dor na região pélvica, dor durante a relação sexual, dificuldade para engravidar e, em alguns casos, infertilidade e aumento do risco de Câncer de Ovário. Em alguns casos, podem ocorrer disfunções intestinais como diarreia ou dor ao evacuar. Sobre as causas, ainda não existe um consenso médico: “Em parte a Endometriose pode ser causada pela menstruação retrógrada, que é quando pequenas quantidades de sangue voltam pelo canal vaginal. Mas estudos ainda apontam fatores como fatores genéticos, alterações imunológicas e endometriais como elementos desencadeadores” – explica a Dra. Eveline.
DIAGNÓSTICO – Como as causas ainda não foram bem mapeadas, o acompanhamento médico é a melhor forma de prevenção. Segundo a Dra. Eveline Oliveira, a partir da primeira menstruação as mulheres já devem ter acompanhamento ginecológico. “Quem já tem sintomas como menstruação irregular, cólica intensa mesmo fora do período menstrual, inchaço abdominal, dor durante e após o sexo, dor para urinar e evacuar, intestino preso ou solto demais, dificuldade para engravidar, deve procurar um médico logo.” – avisa Eveline. “O ginecologista vai fazer testes clínicos e ainda pedir exames como a Ultrassonografia Pélvica ou Endovaginal, que vai ajudar a identificar endometriose ovariana, na bexiga, ureteres, vagina e na parede do reto. Uma Ressonância Magnética também pode ser solicitada, se há suspeita de massas ovarianas que podem indicar endometriose profunda. Um exame de sangue chamado Dosagem de Marcadores e outros exames de laboratório também deverão ser requisitados.” – avisa a especialista.
TRATAMENTO – “Até o momento, a endometriose é uma doença que não tem cura, mas que pode ser controlada através de um tratamento orientado por um ginecologista. Por isso, é importante fazer todos os exames com regularidade, de acordo com as prescrições médicas. Em alguns casos mais graves, a recomendação é realização de cirurgia de histerectomia, que é a retirada do útero e, dependendo do caso, trompas e os ovários.” – conclui a Dra. Eveline Oliveira.
OLIVEIRAMED – Fundada pela médica Eveline Oliveira Souza Leão, em São Paulo, no ano de 2002, a OliveiraMed é referência no diagnóstico por imagem de exames como Ultrassom, Doppler, Biópsia, Mamografia, Ecocardiografia e Raio-X. Atualmente, possui oito unidades e uma central de telerradiologia, contando com uma equipe formada por 25 médicos em São Paulo e no Recife.
Serviço:
Dra. Eveline Oliveira –
CRM/PE:13.098 | CRM/SP: 106.416
Doutora em Radiologia, Fellowship em Tomografia Computadorizada e Ressonância Magnética pelo Hospital das Clínicas da USP, Membro
Titular do Colégio Brasileiro de Radiologia, Diretora da OliveiraMed
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