China trava adesão de entidade evangélica a comitê da ONU

Associação Nacional de Juristas Evangélicos faz lobby para reverter objeção chinesa e poder ter acesso a debates nas Nações Unidas.

China emperrou nesta segunda-feira, dia 20, a entrada da Associação Nacional de Juristas Evangélicos (Anajure) no Comitê sobre Organizações Não-Governamentais (ONGs) das Nações Unidas, durante reunião em Nova York. A Anajure vai tentar reverter a objeção chinesa.

A Anajure conta com apoio do Itamaraty para ingressar no comitê da ONU. Ele é diretamente vinculado ao Conselho Econômico e Social das Nações Unidas (Ecosoc), ao qual estão afiliadas com status consultivo “especial” cerca de 4,4 mil ONGs de todo o mundo. Essa é a credencial à qual a Anajure se candidatou.

As ONGs buscam se credenciar no comitê com status consultivo para poder emitir opinião nos fóruns das ONU e encaminhar documentos sobre assuntos a que se dedicam para apreciação dos diplomatas, emitindo ao Ecosoc um relatório de atividades a cada quatro anos.

O Brasil é 1 dos 19 países cujas delegações fazem parte do Comitê das ONGs e tem atualmente 44 organizações com status “especial” dedicadas a temáticas distintas como gênero, LGBT, crianças, indígenas, ciência, meio ambiente e direitos humanos. A Anajure espera ser a primeira de viés religioso-protestante.